Basquete de Luto: Morre o pivô do Meng Master Luís Henrique
Professor Pardal. Era assim que Luís Henrique Dominices (53), era conhecido pelos amigos mais próximos, sobretudo do Meng, escola que estudou e jogou basquete, em face da sua semelhança com um dos famosos personagens das revistas em quadrinhos de Walt Disney, o inventor, Professor Pardal.
Pardal, além de apelido carinhoso, era também, sinônimo de sua atitude em quadra, sempre inventando uma maneira de ajudar seu time.
Dono de uma grande impulsão e de um espírito de equipe incomum, Henrique incomodava os adversários. Seus marcadores sabiam que jogar contra ele era certeza de que não ia ser fácil vencê-lo.
Mas Henrique encontrou um adversário no qual já travava uma batalha havia pelo menos dois anos. Após um pre-infarto durante o campeonato Norte/Nordeste de Basquete Master realizado em Fortaleza, em abril do ano passado, descobriu um problema no coração que só seria resolvido com um transplante.
Em face da descoberta, afastou-se das quadras e iniciou seu tratamento com medicamentos. Mesmo assim, fazia questão de comparecer aos jogos, principalmente, da última edição dos Jems Master para apoiar sua escola do coração: o Meng.
Às 7h da manhã desta terça-feira (9), o veterano não resistiu a um ataque fulminante no coração e veio a óbito. Informação essa, repassada pelo seu sobrinho e também atleta de basquete, Wekcilley Bittencour, à comunidade do basquete no grupo que Henrique integrava no Whatsapp.
O velório aconteceu em sua residência na Avenida Kennedy, 821 – Vila Passos. O Enterro foi às 17h no Parque da Saudade – Vinhais. Henrique (51), era formado em administração e acadêmico de Direito. Ele deixa esposa e uma filha de 16 anos, além de muita saudade nos amigos do Basquete.
Última competição
A sua última participação em competições oficiais foi defendendo as cores do Maranhão/APCEF 50+ no campeonato Norte/Nordeste realizado em Fortaleza-CE em abril do ano passado.
Mauro Sampaio seu companheiro de quarto, naquela competição lembrou dos bons momentos convividos com Henrique.
“Ele foi meu companheiro de quarto. Tiramos fotos juntos na festa de confraternização do evento.Um grande parceiro, em uma grande equipe. Vai deixar saudades”. disse o ala Sampaio.
A noticia do falecimento repentino de Henrique pegou de surpresa a família basquete master. Os atletas manifestaram mensagens de surpresa e pesar pela perda do amigo de dentro e fora das quadras.
“Encontrei com ele semana passada no Mateus (supermercado), ele me disse que tava se recuperando e garantiu que iria jogar o Jems Master esse ano. Tava feliz da vida”, declarou o Ala/pivô Zezinho (MZ), de quem Henrique foi companheiro de clube no Casino Maranhense, Jaguarema e Pinguim.
Ainda muito abalado com a notícia, o Ala Mariano Rangel, também falou da perda do amigo. “Tô muito mal, falei com ele havia 20 dias , sobre a saúde dele. Perder um amigo de 35 anos de amizade, de jornada, de história é doído demais “, lamentou o coordenador do Meng Master Basquete
“Que notícia triste. Henrique era grande jogador e ser humano. Nosso pivô no Jebs de 1984 em Brasília. Que Deus conforte a família. Inacreditável”, Surpreendeu-se Marcelo Magno.
“Estou ainda perplexo com esta fatídica e fúnebre noticia. Que Deus, acolha nosso grande, humilde e bom amigo, Henrique e o coloque na moradia eterna”, externou o pivô Robson
“Uma pessoa maravilhosa. Muito parceiro. Dia de luto para o basquete maranhense”, pontuou Rondson Vascocelos”.
Trajetória esportiva
Henrique atingiu o ponto máximo de sua trajetória esportiva no basquete quando defendeu as cores do Maranhão nos Jogos Escolares de Brasília – JEBs. 85/86.
A Seleção era comandada pelo técnico Espirro e tinha em seu elenco, além de Henrique, Christian, Mahal, Mamão, Fabão, Fábio Xavier, Chacal, João, Mariano, Carlos, Cerol, Renato, Flavinho e Cabreira.
As homenagens ao acadêmico de Direito continuaram por todo o dia nas redes sociais e no velório onde o pvô da APCEF Master, Cândido Neves, compareceu e prestou condolências à família de Henrique, em nome da Associação da Caixa, último time de basquete master que Henrique defendeu.
Outro integrante da APCEF Master, Marco Pimentel, também falou sobre os últimos cinco anos de convívio com Henrique.¨Além de um grande jogador, Henrique era um ser humano amigo e apaixonado pelo basquete. Estivemos juntos em diversas ocasiões, em quadra e fora dela e ele sempre espirituoso e bom ouvinte. Estava sempre atento a tudo.Essa vivência vai deixar saudades. Cestas de eternidade no reino dos céus meu amigo”.O vice-presidente da Confederação Brasileira de Basquete – CBB, Manoel Castro, convidado da Live do Esporte, mediada pelo jornalista Miguel Pinheiro, saudou a memória e a partida prematura de Henrique dedicando sua participação na live ao pivô do Meng.
Ao relembrar do amigo Henrique, Mariano Rangel do Meng Master disse que em 35 anos de amizade. o considera “um homem íntegro, de caráter reto, conciliador, humilde, agregador e cativante pelo sorriso”.
Destacou também um episódio ocorrido entre ambos atletas que fortifica seu pensamento sobre o amigo Henrique: “Nunca tivemos qualquer arranhão em nossa estrutura, nem mesmo quando em um treino da seleção maranhense, ele jogando do meu lado, deixou uma cicatriz em meu supercílio em uma disputa por rebote”.
Sobre o jogador Henrique, Rangel falou que ele era um guerreiro, dono de uma garra e disposição vista em poucos pivôs no basquete maranhense. “Para ele (Henrique), não tinha bola perdida. O que existia era superação a cada lance, a cada disputa pela bola, um gladiador, por assim dizer”, Qualificou Mariano.
Mariano também elogiou as qualidades de Henrique fora de quadra: “Uma pessoa leve de fácil convívio e sempre confiável. Ficara em minha memória e coração como um atleta sempre leal e muito mais ainda com seus pares. Sua presença era sempre agradável em qualquer circunstancia além de possuir discrição diferenciada”.
“Tal qual o Professor Pardal, desejo que Henrique continue seus inventos lá no céu”, concluiu o seu amigo China, também atleta master de basquete da APCEF.
Fonte: Uerbet Santos
pivô do Meng Master