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Corrida e atendimentos preventivos marcaram o Dia Mundial do Diabetes

O combate às doenças crônicas é uma das cinco prioridades do governo Flávio Dino para a melhoria da saúde dos maranhenses. E o diabetes está entre essas doenças que mais maltratam a população, causando uma média de três pés diabéticos amputados por dia na capital, São Luís.

Com foco na prevenção e tratamento contínuo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e do Centro de Medicina Especializada (Cemesp) do Bairro de Fátima, promoveu no último sábado (14) e neste domingo (15), uma série de atividades pelo Dia de Combate ao Diabetes.

A ação foi voltada aos portadores de Diabetes e Hipertensão Arterial que moram nos bairros João Paulo, Caratatiua, Jordoa, Ivar Saldanha e Coroado. Na ocasião, foram realizadas aferição da pressão arterial, verificação de glicemia, além de orientações nutricionais, serviço social, odontologia e psicologia. Consultas também foram realizadas com endocrinologistas, cardiologistas e clínicos médicos.

O Dr. Fernando Lima, cardiologista e diretor-geral do Cemesp, esclarece sobre as atividades do centro, que é uma unidade especializada com perfil de avaliar e tratar pacientes que tem necessidade de usar insulina, que são diabéticos tipo 1, pacientes que tem hipertensão de difícil controle –doenças onde os pacientes precisam usar três ou mais medicamentos diários. “Além dos pacientes diabéticos, também temos o interesse em tratar os pacientes com insuficiência renal, que fazem hemodiálise e os pacientes com risco aumentado de ter um infarto – risco cardiovascular global elevado. Esse é o perfil do Cemesp, identificar na população, indivíduos de risco e com isso, fazer a prevenção dessas doenças”, explicou Fernando Lima.

Todos os dias, nos turnos matutino ou vespertino, o centro disponibiliza profissionais para palestrar sobre as complicações das doenças crônicas e a importância da prevenção. Só no último sábado, cerca de 200 atendimentos foram realizados. Glacimar Mendes Durans, paciente do Cemesp, declara que é muito bem atendida por toda a equipe, que é muito atenciosa. “Tenho diabetes e estou tratando de uma queimadura e de um corte. Sou muito bem cuidada aqui neste hospital”, revela a aposentada de 62 anos.

O diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A população alvo para esse agravo são pessoas na faixa etária de 30 a 69 anos, e no Maranhão são 2.396.638 pessoas que se encontram nessa faixa. A prevalência é 7,6% da população alvo, os diabéticos estimados são cerca de 499.295 portadores; sendo que a cobertura prevista é de 65% dos estimados, o que corresponde em nível estadual, a 324.542 pessoas, bem como o atendimento em Unidades Básicas de Saúde que é de 80%, estimando 259.634 portadores sendo acompanhados.

As regiões maranhenses com maior população alvo para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são: São Luís, Imperatriz, Pinheiro e Santa Inês.

II Corrida do Bem

Exercícios físicos regulares ajudam a baixar as taxas de glicemia. Quando se gasta energia, o organismo usa o açúcar do sangue em velocidade maior.

Para incentivar a prática de esportes, neste domingo (15), aconteceu a II Corrida do Dia Mundial do Diabetes – Energia do Bem, promovida pela Sociedade Brasileira de Diabetes Seccional Maranhão (SBEM-MA), que conta com o apoio das Secretarias de Estado do Esporte (Sedel) e da Saúde (SES). A SES disponibilizou testes rápidos de glicemia aos participantes e orientações de como prevenir a doença.

A concentração e alongamento foi na Barraca Mundo Milhas, na Avenida Litorânea. Além da caminhada de 3Km, teve corrida com percurso de 5km e 10Km. Participaram da caminhada 700 pessoas, somente da SES foram 50 servidores fazendo parte das atividades. Na corrida de 5km, foram 500 participantes, na de 10km, 140 inscritos. Os ganhadores na categoria 5km foram Ademilson Ribeiro Correa, no masculino; e Cleudilene Ramos dos Santos, no feminino. Na de 10km, Josimar da Conceição Silva, no masculino; e Sandra Leal Abreu Saraiva, no feminino.

Entre os participantes da caminhada, estava o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco; e o subsecretário Carlos Lula. Marcos Pacheco falou da importância em participar de um evento desse porte. “A diabetes, assim como a hipertensão, são as doenças que hoje mais geram complicações e mortes, por causa de seus agravos decorrentes da falta de acompanhamento. Sobrepeso, falta de exercício físicos e má alimentação, são os principais responsáveis pela incidência da doença, por isso as pessoas precisam ficarem alertas. Não é só pelo fato do agravo da hipertensão e o diabetes  serem as maiores geradoras do alto custo para o sistema de saúde. O custo maior é familiar, essas doenças são as que mais matam e maltratam, incapacitando as pessoas”, alerta o médico e secretário de Estado da Saúde.