Depois de aproximadamente 100 km e mais de 230 condutores do revezamento da Tocha Olímpica no Maranhão, a chama se despediu do Maranhão no munícipio de Imperatriz, de onde partiu para o estado do Pará.

Em solo maranhense, a tocha visitou São Luís, Barreirinhas e Imperatriz, atraindo multidões e escrevendo um capitulo inesquecível na vida dos condutores. O Governo do Estado indicou condutores para participar do revezamento, entre eles, atletas do judô, handebol, atletismo, xadrez e skate, todos com histórias de superação e que dedicam suas vidas ao esporte.

O governador Flávio Dino avaliou o evento como positivo para a comunidade. “Nós estamos felizes porque a tocha olímpica simboliza valores positivos, de uma tradição milenar, e nós estamos, também, nos associando a esse espírito positivo que o esporte e a Olimpíada muito particularmente traz”, ressaltou.

Os atletas Emílio Moreira, Ana Paula Rodrigues, José Carlos Gomes Pereira e Antônio Maria Zacharias Bezerra de Araújo foram os maranhenses indicados pelo Governo do Estado para condução da tocha olímpica em São Luís.

Ícone do judô maranhense, Emílio Moreira, de 72 anos, presidiu a Federação Maranhense de Judô e foi chefe da delegação do Judô Masculino no Brasil durante as Olimpíadas de Atlanta, em 1996, somando mais de 200 títulos maranhenses e nacionais em toda a sua carreira. Também conquistou projeção nacional e internacional, a jogadora de handebol Ana Paula Rodrigues Melo, campeã mundial pela Seleção Brasileira em 2013, além de ter participado de Jogos Olímpicos em 2008 e 2012.

Quem também é veterano de Olimpíadas e vários mundiais é José Carlos Gomes Pereira, o Codó, velocista que coleciona conquistas como um ouro no revezamento 4 x 100 m nos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e também nos Jogos Sul-americanos Santiago 2014.

O mais veterano de todos, no entanto, é Antônio Maria Zacharias Bezerra de Araújo, o Professor Dimas. Com 87 anos de vida e 74 dedicados ao esporte, Dimas ajudou a fundar o curso de Educação Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e praticou diversas modalidades como futebol, atletismo, vôlei, basquete, natação, esgrima e outros.

Em Imperatriz, os eleitos pelo Governo do Maranhão para participar do revezamento da tocha foram Isnande Mota Barros, Dayana Fernandes Alves, Jhulia Rayssa Menses Leal, Elci Rodrigues dos Santos e Hugo Leonardo Duarte Ferreira.

O imperatrizense Isnande Mota Barros atua na formação de jogadores e professores de xadrez, e coleciona títulos como atleta de handebol, tendo sido o primeiro técnico do interior do estado a conquistar um título em modalidade coletiva nos Jogos Escolares Maranhense.
Também de imperatriz, a professora de educação física Dayana Fernandes Alves é destaque na região em provas de atletismo e corridas de rua, sendo especialista de corridas de longa distância. Dayana tem passagem por corridas importantes do Brasil, como a meia maratona do Rio, Volta da Pampulha e a São Silvestre.

A “Fadinha do Skate” Jhulia Rayssa Mendes Leal surpreendeu a todos quando, aos 5 anos de idade, começou a andar de skate. Desde então não parou mais, tornando-se a campeão brasileira mirim. É conhecida por conta de um vídeo que ela aparece fazendo “kickflips”, uma das manobras mais difíceis na modalidade.

Quem também deu os primeiros passos no esporte ainda criança foi Elci Rodrigues dos Santos. Elci praticou várias modalidades, como futebol de campo e handebol, até descobrir a vocação pelo atletismo. A corredora também se destaca por seu trabalho social, que desenvolve em Imperatriz, com crianças de 12 a 16 anos.

Por fim, Hugo Leonardo Duarte Ferreira, outro grande nome do handebol maranhense, também desenvolve ações sociais através do esporte por meio do Projeto Mini-Handebol.

Hugo também reúne os títulos de penta-campeão do estadual do Pará, de melhor jogador de 2010 a 2014 e campeão da I Copa Desafio Brasil X França, competido na Guiana Francesa. Foi eleito o melhor jogador de Imperatriz em 2015 e, em 2014, vice-campeão maranhense de handebol.

Terra, água e ar

A passagem da tocha pelo Maranhão voltou a colocar o estado em destaque. Tanto pelas paisagens naturais, quanto pelo reconhecimento dos atletas do estado, a passagem da Tocha pelas ruas, avenidas, rios, dunas e lagoas, abriu uma nova janela de valorização e coloca o estado em pauta positiva durante as próximas décadas.

Diversidade cultural

No dia em que os olhos do mundo estiveram voltados para o Maranhão, a passagem da tocha olímpica em São Luís foi marcada pela riqueza da diversidade cultural. A passagem do símbolo olímpico pela capital maranhense contou com apresentação de shows de artistas maranhenses, exposições, dança e grupos folclóricos. O evento foi promovido pela Prefeitura de São Luís com apoio do Governo do Maranhão.

O governador Flávio Dino comentou sobre a feliz coincidência do estado abrigar a tocha em pleno ritmo de festas juninas. “Estamos em um mês muito especial, em que a cultura maranhense se manifesta de modo mais belo, de modo mais pleno, e nós estamos aqui agregando essa oportunidade única para várias gerações. Fico muito feliz de poder, como brasileiro e maranhense, participar de um momento tão especial e realmente único”, disse.

No Espigão Costeiro, na Ponta d’Areia, em São Luís, a cantora maranhense Flávia Bittencourt fez seu show. No repertório canções dos três últimos CDs e DVDs celebraram a chegada da tocha olímpica na cidade. Na Praça Maria Aragão, o bumba meu boi marcou o evento com apresentação dos bois Maracanã, Nina Rodrigues, Brilho da Ilha e Pirilampo.

Em Barreirinhas o ponto alto do revezamento foi palco para o show do Grupo Lamparina e da cantora maranhense Tereza Canto, que mostraram todos os ritmos do Maranhão.