Redes sociais: da tecnologia do futuro ao inimigo público número um

A partilha de informação instantânea que hoje tomamos por garantida nem sempre foi uma realidade. Até há um par de décadas, a informação era maioritariamente distribuída pela televisão, rádio e pelos jornais, e as atualizações sobre os acontecimentos globais podiam demorar mais de 24 horas. As redes sociais mudaram todo o paradigma: numa questão de segundos é possível estar a par do que está a acontecer, em tempo real, do outro lado do mundo.

No entanto, o aparecimento da informação instantânea e o surgimento do cidadão-repórter trouxeram também alguns problemas consideráveis. Se as redes sociais surgiram como uma forma de liberdade, de partilha e de conexão imediata, e onde pode encontrar grupos onde partilham bónus de casino, como do Vulkan Vegas Casino bonus, atualmente, e em especial devido às fake news, são vistas como um potencial perigo para a democracia.

Mas será que atualmente os perigos das redes sociais superam os seus benefícios? Caso

Os benefícios das redes sociais

Antes de podermos avaliar os riscos das redes sociais, é necessário compreender em que é que estas plataformas podem ser benéficas. Algumas das suas maiores vantagens são evidentes: permitem a partilha de momentos especiais com familiares e amigos de forma instantânea, permitem estar a par de acontecimentos no estrangeiro e encontrar grupos com interesses similares.

Por exemplo, se for fã de caminhar pela natureza, pode encontrar grupos de caminhadas..

Mas, além disso, as redes sociais permitem partilhar causas ativistas, apoio para problemas específicos e permitem conhecer e comunicar com pessoas de outras culturas e credos. Contudo, nem todos utilizam as redes sociais para estas razões.

Porque é que as pessoas utilizam as redes sociais?

Um inquérito do New York Times em 2018 revelou que 40% dos entrevistados escolhiam utilizar as redes sociais apenas para se manterem conectados com as suas amizades, enquanto 37% utilizava as redes para se entreterem.

29% escolhia usar as redes para partilhar as suas opiniões e 27% utilizava estas aplicações para conhecer novas pessoas.

No entanto, apesar destes dados, os impactos na sociedade das redes sociais não se limitam aos motivos pelos quais as pessoas utilizam estas plataformas.

O impacto das redes sociais na política

Um estudo do instituto norte-americano Pew Research indicou que um em cada cinco adultos norte-americanos mantém-se atualizado sobre política através das redes sociais. O mesmo estudo concluiu também que as pessoas que obtêm a maioria das suas notícias políticas através das redes sociais estão menos informadas e mais sujeitas a notícias falsas do que pessoas que obtêm as suas notícias através das fontes tradicionais.

E, através desta desinformação (ou informação menos completa), os eleitores norte-americanos moldam o panorama político do país. O impacto das redes sociais foi palpável, por exemplo, na campanha viral de Barack Obama em 2008 e, de um modo mais negativo, com a eleição de Donald J. Trump.

Por um lado, isso pode ser explicado pela junção de grupos marginalizados através destas plataformas.

Encontrar gente com as mesmas crenças por mais ridículas que sejam

Se, por um lado, as redes sociais permitem encontrar grupos de ciclismo ou de croché com quem partilhar os interesses, por outro, também permitem encontrar grupos para coisas absurdas, como pessoas que acreditam que a terra é plana.

Isto permite que grupos marginalizados (e nem sempre por maus motivos) encontrem pessoas com opiniões semelhantes, marginalizando-os ainda mais e criando câmaras de eco onde os membros não são expostos a opiniões dissonantes.

Muitas das vezes, estes grupos também são fontes de partilha e criação de informação falsa, o que acaba por os tornar numa possível ameaça política.

No entanto, os perigos das redes sociais não se limitam ao campo da política. Vejamos outros casos em que as redes sociais podem ser problemáticas.

Os perigos e os desafios das redes sociais

Apesar de tudo, as redes sociais ainda são relativamente recentes. Como tal, é difícil avaliar e comparar os seus riscos e benefícios. Ainda assim, é possível concluir alguns efeitos de feedback negativo: alguns estúdios indicam que as pessoas que mais tempo passam nas redes sociais têm uma maior propensão a depressão, ansiedade e sentimentos de solidão.

As redes sociais causam também FOMO (sigla inglesa para fear of missing out, ou “medo de ficar de fora”), pois mostram apenas as melhores facetas da vida de cada um, podendo transparecer uma ideia errada do dia a dia dos nossos amigos das redes sociais, levando assim à depressão.

O ciberbullying também pode ser um problema a ter em consideração, especialmente para os utilizadores mais jovens.

Vantagens e desvantagens das redes sociais

Informação é poder. No entanto, é importante garantir a qualidade da informação que consumimos. Uma das maiores vantagens das redes sociais é a liberalização da informação e é muito difícil que mesmo todas as desvantagens superem esse benefício.

Porém, é essencial tomar medidas para evitar a propagação das fake news, assim como criar ações de sensibilização para minimizar e consciencializar a população acerca dos problemas inerentes a estas plataformas.