Sampaio Corrêa: 100 anos de glórias e orgulho
Não foi por acaso. Quando um certo hidroavião cruzou o céu do Maranhão, naquele longínquo 1923, muitos olharam para o alto, e o futuro já estava escrito; é onde vais habitar, no altivo patamar de estrelas radiantes. O futuro não se equivocou; o firmamento seria teu habitar, entre os grandes, somente, e teu nome iria vagar entre batalhas e conquistas, até desaguar no centenário de tantas glórias.
Quando questionarem quem és, declame; dos primeiros tempos, sou o voo que sonhou em cruzar as Américas, atraído pela Ilha Magnética, e fincou raízes na Rua de São Pantaleão, onde o desejo de poucos tornou possível uma ideia que virou um patrimônio indubitável do futebol nacional. Nasceu, então, uma história para cada coração Tricolor.
Cores tão vibrantes que atordoam. Respeito conquistado entre gigantes, em duelo constante contra o inimaginável.
Quando questionarem de onde surgistes, recite o conto magnificente de jovens operários apaixonados pela bola, nascidos pelas ruas do Centro, transformados em vestes briosas do mais antigo esquadrão.
Caso insistam, duvidem, afirme; sou 72, Campeão Brasileiro, do heroísmo de Neguinho e Pelezinho, da magia de Djalma Campos e Célio Rodrigues. Sim, porque sou também 97, de Baron e Cal, Jó e Adãozinho. Sou a redenção aos mais de 65 mil corações no Castelão, naquela apoteose do sentimento tricolor.
Nunca permita que questionem o tamanho dessa insígnia que estampa o peito boliviano, pois sou 98, a conquista do Norte, de Toninho e Marcinho, Carlos Alberto e Rogério. A expectativa concretizada, um time que surpreendeu a todos e cravou seu nome mais uma vez. Eu estou aqui.
Quando tentaram me castigar, derrubar e depredar, ressurgi, na áurea de um obstinado, que reuniu seu exército particular para projetar a reconstrução. E por isso caminhei, lutei e posso dizer; sou 2012. Ressurgi embalado pelo sonho de uma criança, que viveu minhas glórias antigas, e deu início a um verdadeiro novo ciclo de conquistas.
Quem não lembrará? Quem ousará esquecer? Uma multidão contra, 60 mil vozes tentando abafar um único coração, e fui lá; sou 2018, Campeão do Nordeste. Força, garra, a seiva pela glória. A veia de campeão. Sou o silêncio da Fonte Nova, a incredulidade no olhar da torcida baiana, que sucumbiu, perdeu, se rendeu.
Sou campeão. Nasci com a estigma de vencer, de protagonizar as maiores façanhas e comover quem simplesmente contempla as três cores do TIME DO POVO.
Nada seria sem almas que deixaram seu sangue por mim, então, sou também saudade. Saudade de Batista, que ajudou a colocar cada pedra no lugar, e viu um cenário desolador ganhar aspectos à altura do que realmente sou. Estrutura edificante, que me coloca no patamar que mereço, porque sou também feito de esmero e beleza. Você faz falta, Batista.
100 anos. Um século que exclama e tem uma longa história para contar. Um conquistador, o maior do Maranhão. Não se trata de palavras ao vento, são fatos, e eles estão espalhados em cada canto do estado para serem lembrados diariamente.
O Time do Povo, de um imenso universo Tricolor, que vibra a plenos pulmões no Castelão. Um amor indivisível, simbiose que se propaga no alto do firmamento, que me torna maior ainda. Somos únicos, somos grandes. Somos bolivianos de corpo e alma. O Tricolor de Aço, o Mais Querido, o Tricolor de São Pantaleão.
Sou centenário, Patrimônio do Estado, mensageiro da grandeza maranhense aos quatro cantos do Brasil. Meu nome?
SAMPAIO CORRÊA FUTEBOL CLUBE
O maior orgulho da história do Maranhão.